É provável que o som do vazio se tenha feito ouvir por estas digitais páginas, e não me justifico com a alegria nem com tristeza, não me justifico.
O vazio remete-me para solidão, algo para que sou dotada para determinadas alturas do dia, mas uma vida parece-me em demasia, mesmo que esta seja curta!Aqui em casa somos apenas três, filha única. Sempre tive o desejo de um irmão, alguém que seria para mim o que mais perto estaria da minha fase etária. Tal era a minha vontade, pelos meus cinco/seis anos, que cheguei a pedir um irmão como prenda de Natal! (a recusa foi motivada pela falta de condições de saúde da minha mãe, e com o passar do tempo pela apelativa desculpa, do meu pai, de que uma (filha) já lhe dava muito trabalho).
O vazio remete-me para solidão, algo para que sou dotada para determinadas alturas do dia, mas uma vida parece-me em demasia, mesmo que esta seja curta!Aqui em casa somos apenas três, filha única. Sempre tive o desejo de um irmão, alguém que seria para mim o que mais perto estaria da minha fase etária. Tal era a minha vontade, pelos meus cinco/seis anos, que cheguei a pedir um irmão como prenda de Natal! (a recusa foi motivada pela falta de condições de saúde da minha mãe, e com o passar do tempo pela apelativa desculpa, do meu pai, de que uma (filha) já lhe dava muito trabalho).
Quando se pensa em filho único pensa-se num miúdo chorão, mimado, e com suficiente entusiasmo para soltar a histeria em local público perante o não! Em acrescento fala-se numa certa solidão de filho único, e com muita verdade! Quando me permito pensar mostram-se questões em semelhança à passagem de um avião com fitas de publicidade, repetida e repetidamente
–Terá a minha personalidade sido moldada tendo em conta a minha constituição familiar, concretamente a falta de um irmão, e por isso tenho um medo terrível do silêncio prolongado, da mosca atrofiada que zombe por falta de outra atrofiada mosca, pelo refúgio às últimas tecnologias como meio de distracção? (não se pareça, isto, a uma queixa, mas sim, a uma reflexão)

A questão passa-se pela rotina da sina de filho único, que muito se distingue dos filhos múltiplos, da mentalidade que se me foi proporcionando do fazer sozinha sem que espere por uma ocasião para o fazer conjuntamente, e à contraditória vontade de estar sempre em presença por várias gentes!
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