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A mostrar mensagens de abril, 2010
“Ele atirou-se a ela, possuiu-a em silêncio, de uma forma brutal, raivosa. Não lhe deu sequer tempo para que viesse ao seu encontro. Arrancou-lhe a roupa, recusando-lhe toda a possibilidade de acalmar o seu furor. Ela estava pronta a dar-se-lhe; há muito que esperava aquele momento, e no entanto ele possuiu-a à força. Como se fosse seu dono, como um senhor que se apoderasse de qualquer coisa que por direito lhe não pertencia, mas que exactamente naquele momento, e para além de toda a resistência, havia de possuir. Ela nem por instante perdeu a consciência do seu próprio corpo, sujeito à brutalidade do dele. Mas não lhe sentiu senão o corpo. Tinha esperado um acordo mais suave, tinha sonhado ternuras que a satisfizessem. Ele deixou-lhe sem resposta as tentativas tímidas, que por isso mesmo se foram tornando cada vez mais frouxas. Até que, com uma passividade absoluta, que pouco a pouco foi dando lugar a uma vaga tentativa de defesa, ela começou a compreender que havia nele qualquer cois
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Adaptei-me ao saque. Invoco-me como viciada em ficção e sem grandes problemas de consciência, devoro horas de imaginação. E estupidamente o meu cérebro fica retido nessa imaginação por 40,120 minutos, ora mais ora menos, consoante a significância do dia. Quase que parece que se trata de um mundo com uma realidade semelhante, só que com significativas mechas, não passam de estratégias de mudança, são cores de primavera - algo ao género doce, que nos faz ougar se não lhe dermos uma forte lambidela, que nos parece amargo depois de sucessivas, monótonas, lambidelas, mas que volta a doce quando sabemos que a última lambidela já está longe da ansiosa primeira, até que por fim todas elas caiem no esquecimento da vontade de voltar a uma primeira, lambidela. Falo, por exemplo, de os Homenzinhos de bata branca, que ora curam, ora matam, ora deixam morrer, que mais ora... choram, ora riem, ora deixam e fazem chorar e rir, ora fazem perfeitos comboios de palavras, ora essas palavras descarr

Tocha (Município de Cantanhede)

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Centro da Vila da Tocha em dia de mercado (domingo) Palheiros da Tocha Nota: Visitem =)

ilusão

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O "sistema" esqueceu-se de me repor em fé a fantasia que tão solenemente depositei todas as noites no pote de ouro, aquele que supostamente seria a fonte do encanto de um mundo colorido em dias de chuva ...entupiram-me as veias de ilusão e o coração deixou-se fora de circulação.

pesadelo

Esta? Ou terá sido a outra noite? Não lhe faças caso, foi mau, temi não acordar! Vi como secundária o papelão principal. Inverti as sentenças. Fiz questão de o fazer como antigamente, sucessivas fotografias em ordem, sem riscos, ou outros que deixassem dúvidas, sucedendo-se lentamente. Não consegui a fantasia de menina, incumbi-me imagens de senhora das trevas, sem remorsos, fiz plim e saiu-se-me… um garfo vulgaris , grande, descoseu-te e vi-te as costelas trocadas, ensanguentadas, um farrapo por cobardia, desejei teclar Ctrl + Z , mas as fotografias anteriores afogaram-se no dilúvio. Não havia arca, por isso deixei-te à deriva, mostraste as vísceras frontais, minhocas compridas e hirtas, penduradas na carne ensopada que te restava. Gritei-me, traz a fantasia da menina!

remeniscências.

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Hoje já é dia das verdades! Ups!! (mentirinha)