Adaptei-me ao saque. Invoco-me como viciada em ficção e sem grandes problemas de consciência, devoro horas de imaginação. E estupidamente o meu cérebro fica retido nessa imaginação por 40,120 minutos, ora mais ora menos, consoante a significância do dia. Quase que parece que se trata de um mundo com uma realidade semelhante, só que com significativas mechas, não passam de estratégias de mudança, são cores de primavera - algo ao género doce, que nos faz ougar se não lhe dermos uma forte lambidela, que nos parece amargo depois de sucessivas, monótonas, lambidelas, mas que volta a doce quando sabemos que a última lambidela já está longe da ansiosa primeira, até que por fim todas elas caiem no esquecimento da vontade de voltar a uma primeira, lambidela. Falo, por exemplo, de os Homenzinhos de bata branca, que ora curam, ora matam, ora deixam morrer, que mais ora... choram, ora riem, ora deixam e fazem chorar e rir, ora fazem perfeitos comboios de palavras, ora essas palavras descarrilam, e como é comboio ou há-de pender para o lado certo ou para o lado errado. Diferente da realidade? Não julgo ser, o contexto é banal, as personagens com papéis um tanto excessivas, (nada que não se veja num mundo por natureza anormal) os sentimentos uma constante, então?

Realidade.

Aquela realidade é diferente desta realidade, porque é uma realidade que não é real!

Uma irrealidade que se faz viver e sentir como se fosse real.. Estranho..

Comentários

Interessante e imcompreensível.
Tudo que você escreve eu tenho que ler três vezes pra entender hahahaha. Gosto do seu estilo. Até.

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