(des)arquivado
algures em 2010, escrevi um texto que intitulei de "a história que espera ser contada"
"... o impulso entusiasmado de voltar a presentear as personagens num atípico enredo de sufoco e com um ritmo aliciante foi-se ficando pela falta de combustível, relembrar no pormenor seria o bilhete para a loucura e o valor, quem sabe a “Terra” em que encalhou!."
na altura falava apenas de relembrar uma história, uma paixão, colocar por palavras aquilo que havia vivido para que o meu CPU além de a processar, também a pudesse arquivar, e seguir
não o fiz, em nenhum tipo de registo, digital ou em papel, por receio do valor que lhe estava a dar, portanto, evitei relembrar, tentei esquecer E esqueci, pelo menos julgava ter esquecido - o sentimento, os momentos, os pormenores,...
Entretanto uma outra história se sobrepôs, também ela intensa, uma sobre a qual nunca pensei escrever, talvez por ter sido real.
será que a tendência é a de escrever sobre pessoas, momentos sobre os quais sabemos que apenas poderão continuar vivos se formos nós a criar os seus enredos?
...
passaram-se anos e a história teve uma continuação... não foi por escrito, foi real
e agora vejo que há histórias que deveriam ficar no passado - o que julguei resolvido, não estava; o que achava que fora uma paixão impulsionada pelo calor do verão, talvez fosse mais que isso, pelo menos para mim...
vamos ser magoados e magoar. repito-o para mim. aceita.
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