Siso? Ciso? Ou será juízo?

“O vulcão entrou em erupção”, 3.º molar inferior ARRANCADO com sucesso!

Uma hora, cerca disso, dentro de consultório, cirurgia ambulatória. Algumas injecções, um barrete para o cabelo e um papel, que mais parecia um gigante guardanapo verde, com o propósito de me prevenir, possivelmente, dos esguichos sanguinários! Vá menos dramatismo! Três funcionários do estado empenhados no trabalho. UMA paciente, ensonada, entra no consultório, e só pensa – agora é que vais, desde Maio que me chateias! Tremia quanto mais não podia, queria avisar, mas estava ocupada em manter-me de “boca aberta”, manter-me na posição certa, é que isto de “um” me puxar para um lado e o “outro” me mandar para o sentido oposto, torna-se complicado, nenhum dos dois me “dizia” mais do que o propósito para que ali estava, mas vá tive que me decidir pelo Sr. doutor. Em certo momento percebi que um bocadinho de gordura a mais, na zona “pernil”, dava jeito para a concentração massiva de toda a minha força! Olhos fechados, não me valia de muito abrir, ver caras, de quem vê o intruso, que entrou sem pedir e se recusa a sair! É coisa que dispensei!

Entre imprevistos, como a broca não corta! Como, isso doeu! Aqui? Quando faço isto? Hum –

Respondia! Não devia perceber! Porque continuou, Aqui? Dói? Queria dizer – “”Caraigo”! já disse que sim”, mas não, saiu um novo – Hum. Conclusão a dor advinha do dito cujo estar perto do alvéolo. Solução mais uma pica!

Quando finalmente acabou, reparei pela primeira vez na lâmpada, era tão normal, parecia igual a todas as outras que já havia visto em outros consultórios! Mas olhar para ela fez-me pensar só agora te vi! Como é possível! Estas aí a olhar para mim e eu nenhuma atenção havia te dado! Alucinação, à vista!

Acabou, disse-me ele!

Vou embora, esperar que inche, aí uns cinco centímetros; que a dieta que não pedia me deixe ainda mais “palito”; pensamento positivo de que os dias a lavar os dentes assim como quem não consegue fazer melhor, não proporcione aquelas tretas das cáries e fica a esperança de uma dor fraquinha!