Nos meus dias de criança, quando todos ao monte íamos, em busca de lagoas, paraísos aos meus olhos, e terrores às minhas descidas, não haveria vez que não caísse, não haveria vez que tivesse medo de saltar entre pedras,.. não haveria vez que parasse.. todas eram as vezes que optava por gritar pelos pais ou.. simplesmente ir, da maior parte de rabo sujo pelo roço na terra preta..

Enfim chegávamos, eu trazia algumas, breves, cicatrizes, e no rosto o cansaço, e por vezes o medo de voltar ao chão, mas uma vez lá, havia a recompensa, tudo se centrava nas brincadeiras na água; as coisas que imaginávamos.., fazíamos da floresta uma casa, melhor, fazíamos uma casa para cada, e dentro dela, tínhamos uma cozinha e uma sala, e no mais ínfimo pormenor encontrávamos armários e neles guardávamos a mistura de utensílios pré-históricos a modernos.

Hipnotizava-me olhar para a água porque não esperava que a vi-se até ao ponto que se enchia de espuma, acalmando-se.

Comentários

Fonseca disse…
Ler o teu testemunho também me fez lembrar o que foi a minha criancice.
vejo que ja começas a escrever coisas com sentido :P
tou a brincar... abraço miuda estou cheio de saudades voças.

beijos para voces todas, em especial para ti
Andreia disse…
Eu ficava sempre com os pés molhados quando era mais pequena... a minha mãe passava-se! *
Dragon Fly disse…
Triste foi a infância ter acabado, e naquele altura não tive ninguem para dizer, aproveita agora, sê feliz...quando me tornei adulta uma das primeiras coisas que senti e disse a alguns amigos, foi, tanta ansia em ter 18 anos em ser "grande" e afinal o mundo dos adultos é uma desilusão de gente falsa, má, desonesta, triste e sem vontade de brincar...é bom relembrar mas à que reviver os tempos de meninice...

kiss**

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